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quinta-feira, 21 de maio de 2009


Fig.1

Fig. 2

Nota: este trabalho foi executado no atelier-escola Duran Castaibert

Acha  difícil executar um trabalho como o da figura 2?

Eu vou tentar ajudá-lo.

Em primeiro lugar deve munir-se do material que se lista e que a figura 1 ilustra:

Borracha miolo de pão

Carvão vegetal fino

Grafite 3B em barra

Lápis de grafite n.º 4B, 6B e 9B

Algodão

Esfuminho (no caso de querer utilizar diluente)

Trapo

Bloco de desenho (ou folhas)

Diluente

O roteiro que a seguir é descrito é somente (e sem qualquer pretensão) uma sequência na abordagem de um trabalho a grafite.

1 Procede-se ao enquadramento geométrico a carvão (ou seja, elabora-se o desenho em linhas gerais, iniciando-o por linhas geométricas, o que ajuda a posicionar a imagem que poderá ser aperfeiçoada de seguida);

2 Marca-se o desenho produzido (que já deve estar próximo daquele que pretende pintar) em linhas gerais com o lápis 4B. Nesta fase podem efectuar-se as últimas correcções ao desenho;

3  Limpa-se o desenho com o trapo (procura-se, assim, eliminar o carvão);

4  Cobre-se o desenho com a aresta mais larga da barra de grafite 3B. A grafite deve ser aplicada em todas as direcções, criando-se uma névoa o mais homogéneo possível (não carregar demasiado o tom);

5  Abrem-se luzes com a borracha miolo de pão ( esta tem a particularidade de ser moldável, absorver a grafite e não sujar o trabalho), ou seja, retira-se a grafite nas áreas mais iluminadas;

6  “Amaciam-se” as formas ou com os dedos ou com o algodão na zona de contacto entre o branco recém criado e a grafite depositada (evitam-se as mudanças bruscas de tom);

7 Intensificam-se as áreas mais escuras:

7.1 usando o lápis 6B e esbatendo algumas áreas com o algodão;

7.2 eventualmente, nalgumas áreas, aplica-se a barra de grafite 3B (aresta mais pequena – uma das da extremidade da barra);

7.3  aplica-se o lápis 9B nas áreas mais escuras (atinge-se, então, o escuro máximo;

8  Suaviza-se o trabalho com o algodão que deve ser aplicado ao de leve (como um sopro) sobre toda a superfície pictórica;

9  Reabrem-se algumas luzes que eventualmente tenham sido perdidas;

10 Se desejar que as áreas mais escuras sejam mais intensificadas aplique o esfuminho embebido em diluente nessas mesmas áreas (deve ir rodando o esfuminho à medida que aplica o diluente. Com o tempo desenvolverá a técnica de tal modo que não irá provocar descontinuidade de tratamento no desenho)

Espero que esta seja uma boa "receita" que o incentive a começar a “sonhar a pintura”. Experimente. Aos nossos sonhos nunca devemos renunciar.

 

 


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